domingo, 7 de agosto de 2011

Workshop dos USK_5.Pessoa's Village_São Carlos: REGISTAR A "ALDEIA" DE FERNANDO PESSOA_23 JUL11.



Instrutores : Catarina França ; Luis Ançã.

Comecei a observar, a esboçar rapidamente no que me rodeava, a refletir ainda mais um pouco em busca de inspiração na “Aldeia de Pessoa”, no local inicialmente proposto. Por fim, procurei captar a forma escolhida que aqui registo: uma das fachadas do Teatro Nacional de São Carlos. Este edifício é conferido como a principal Casa de Ópera de Lisboa, em Portugal. Localiza-se num dos centros históricos da capital. Num 4º. Andar do Largo de São Carlos, em frente a esse teatro, nasceu uma das mais importantes figuras da poesia portuguesa – considerado um dos maiores poetas da Língua Portuguesa, e da Literatura Universal, Fernando António Nogueira Pessoa (Lisboa, 13 de Junho de 1888; Lisboa, 30 de Novembro de 1935), mais conhecido como Fernando Pessoa.

Prosseguindo o meu desenho, consoante a necessidade, fui aplicando no suporte do meu “SKETCH BOOK” (Basic), alguns dos elementos visuais essenciais tais como, entre outros, registo dos espaços negativos mais proeminentes e, finalmente, a gama de claro-escuro contrastante com a luminosidade natural existente nessa zona, naquelas horas da manhã. A terminar, detalhes em manchas de aguarela e contornos em rotring.

De salientar, num determinado enquadramento, neste registo gráfico, um ínfimo percurso das águas do Tejo, à memória das naus, à memória dos grandes navios.

Ao deparar esta imagem, neste local, entre o céu e o coração do Chiado, um instrumento musical, metalizado, ecoa uma linguagem própria a um ritmo, compasso e cadência com um significado marcante. Para muitos, é triste, dolente, repetitivo, mas soam memórias de um povo. Mas…donde provéem as badaladas? Do lugar onde me encontro a desenhar não se vê nem a torre nem o sino, mas ouve-se e sobretudo sente-se o sino. Tal sonoridade também faz parte da essência e da vivência de Fernando Pessoa. É por ele que “Os sinos dobram”?

ET- Estão aqui os cinco trabalhos principais que eu escolhi neste symposium. Outros estarão patentes, com o tempo em outros blogues. Aproveito para manifestar o meu contentamento por poder participar neste evento ( gostaria de ter tido acesso a outros,mas infelizmente a escolha recaiu nestas cinco actividades de 21 a 23 JUL11, partindo da saudosíssima FACULDADE DAS BELAS ARTES DE LISBOA).
Expresso também admiração por aqueles que trabalharam para que tudo estivesse "au point" (incluindo a Margarida, claro está), aos instrutores com quem tive oportunidade de aprender e de os conhecer pessoalmente; aprendi com outros participantes; gostei de rever os que já conhecia.
Finalmente, quanto a este worksop, a paciência com que os Instrutores me aturaram, incluindo na participação com outros simpáticos presentes, alguns dos quais estrangeiros, no salutar mas rapidíssimo almoço. Um bom convívio. Bem hajam a todos.
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Um comentário:

  1. Um desenho, uma reflexão. Um bom enquadramento em relação ao tema: a poesia está presente. Obrigado, Zeta.

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